MAIS RECURSOS PARA CAPITAL DE EMPREENDIMENTO

Outra notícia que reforça a abertura de novas oportunidades para a pesquisa e desenvolvimento é a convicção, anunciada pela Associação Brasileira de Private Equity & Venture Capital, de que os fundos brasileiros de capital de risco vão voltar a reeditar sua época de ouro, registrada na segunda metade da década de 1990, quando chegou a aplicar US$ 3 bilhões por meio de 80 fundos. A partir de 2001, o fundo começou a definhar: hoje há somente 15 fundos com capacidade de investimento e o número de empresas beneficiadas se limita a 100. Em dez anos de atividade, 300 empresas - a grande maioria de base tecnológica - receberam aportes de fundos de capital de risco. A partir deste ano, novas entidades passam a apoiar o financiamento ao empreendedorismo. A Bovespa prepara o Bovespa Mais, mercado de balcão organizado, destinado a abrir caminho a pequenas ofertas de ações. A recém-criada Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, braço do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial, pretende estimular alguma forma de incentivo estatal. E grandes fundos de pensão, como a Petros, da Petrobras, e a Previ, do Banco do Brasil, estão interessados em entrar no mercado. O esforço para ampliar o capital de risco no país também vai ganhar apoio de fora. A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne os países ricos, realizará, em Brasília, março de 2006, sua conferência global, batizada, não por acaso, "Como melhorar o financiamento para o empreendedorismo e o crescimento da pequena e média empresa".