COOPERAÇÃO NO MERCOSUL

A disputa comercial entre Brasil e Argentina tem sido mais forte do que a cooperação. E a integração com os demais países-membros do Mercosul tem sido dificultada pela diferença de escala da economia. Mas na área de pesquisa e desenvolvimento há perspectiva de maior entrosamento. Realizado no final de 2005, em Montevidéu (Uruguai), o Seminário de Integração de Experiências dos Institutos de Tecnologia do Mercosul reuniu o Laboratório Tecnológico Del Uruguay (Latu), o Instituto Nacional de Tecnologia Industrial (INTI), da Argentina, e representantes do Instituto de Pesquisa Tecnológica (IPT), Inmetro e Instituto Nacional de Tecnologia (INT), do Brasil. O encontro, segundo o diretor superintendente do IPT, Guilherme Ary Plonski (foto), marca o início de um processo regional importante, que pode identificar oportunidades regionais de interesse comum. A primeira ação concreta foi fechada entre o IPT e o INTI: a metodologia do Prumo, programa de unidades móveis desenvolvida pelo instituto paulista para levar tecnologia a pequenas empresas, será repassada aos argentinos. Foi levantada, ainda, uma série de temas prioritários para desenvolvimento de estudos comuns nas áreas de biotecnologia, madeira, tecnologias de interesse social e apoio à exportação, entre outros. "Esse compartilhamento, tanto de soluções como de metodologia, permite que alguns desafios — que muitas vezes revelam-se grandes demais para um só país enfrentar — possam ser resolvidos de maneira coletiva."