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Inovação Uniemp

versão impressa ISSN 1808-2394

Inovação Uniemp v.2 n.1 Campinas jan./mar. 2006

 

 

Empresas inovadoras apresentam seu apoio à criação de índice

 

 

por WANDA JORGE

 

 

As discussões sobre a criação de um índice capaz de medir a capacidade inovativa já existente, e a potencialidade das empresas no Brasil, foi o que motivou a editoria da Inovação Uniemp a propor a criação do Índice Brasil de Inovação (IBI) e a destacar uma seção da revista ao assunto. Para tanto foi constituído um grupo de pesquisadores, liderados pelos professores André Tosi Furtado, Sérgio Queiroz e Ruy Quadros, do Departamento de Política Científica e Tecnológica, do Instituto de Geociências, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), responsáveis pelo seu desenvolvimento e pelo trabalho de interface com o setor produtivo.

Nesse sentido, em outubro último, foi realizado em São Paulo um work-shop promovido pela revista e pelo Instituto Uniemp, com executivos de empresas convidadas ao debate, no qual se evidenciou a disposição dos participantes para cooperar na elaboração do índice, oferecendo sugestões e apoio ao projeto e buscando, desse modo, as condições para estabelecer, com segurança, um índice capaz de explicitar a capacidade e o desempenho inovativo das empresas do setor industrial brasileiro.

O objetivo desse primeiro encontro foi avaliar a disposição das empresas em integrarem a base da pesquisa do IBI, com a ressalva de que não haveria sobrecarga de trabalho nem custos adicionais a elas, uma vez que os parâmetros a serem utilizados serão, primordialmente, os dados levantados pelo IBGE para a Pesquisa Industrial de Inovação Tecnológica (Pintec). Pretende-se trabalhar com cerca de 30 itens dos quase 170 que a Pintec utiliza em seu levantamento, divulgado a cada três anos. Serão utilizados também dados da Pesquisa Industrial Anual (PIA), também do IBGE, e do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).

 

 

Furtado destacou que o compromisso com o sigilo, de não divulgar dados individualmente, deve deixar as empresas participantes mais confortáveis para expor informações que consideram estratégicas. Ao mesmo tempo, pelo fato de se tratar de um índice composto, no qual os valores individuais não aparecem, a fórmula de cálculo do IBI é pública garantindo visibilidade ao índice, caráter que tanto setores empresariais produtivos quanto acadêmicos consideram cada vez mais fundamental para se garantir governabilidade e eqüidade nas ações.

A metodologia do IBI está ainda em construção, e os parâmetros estão sendo discutidos, conforme afirma André Furtado. Daí a importância, para a equipe responsável pelo índice, de apurar a relevância de tal indicador para as empresas, e seu interesse em aderir a ele. Os empresários presentes ao evento, representantes de diferentes setores produtivos, manifestaram uma adesão incondicional frente às garantias apresentadas de não implicar custos e preservar o sigilo das informações. Uma série de contribuições foi apresentada, apontando, inclusive, para a possibilidade de ampliação do espectro a ser levantado pelo IBI, redução do tempo entre a apuração das informações e divulgação dos indicadores, assim como incorporação de itens que levassem em conta aspectos imponderáveis de se medir em pesquisas do estilo do IBGE.

 

 

COMO MONTAR UM ÍNDICE

Em sua exposição, Furtado explicou que o IBI será um índice composto de outros, semelhantes, que permitirá que se classifique as empresas em função de seu grau de inovatidade. Inicialmente, estará voltado a medir esse grau apenas na indústria, podendo expandir-se, numa segunda fase, também ao setor comercial e de serviços.

A metodologia de coleta irá se apoiar, na primeira etapa, nas informações levantadas pela Pintec, em sua pesquisa trienal realizada pelo IBGE, e que segue as diretrizes do Manual de Oslo, da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). Com a disponibilização de algumas respostas obtidas pela Pintec, que levanta um número bastante grande de questões em cerca de 170 itens sobre as atividades tecnológicas das empresas — e que só podem ser cedidas à equipe do IBI pela própria empresa — será possível explorar de forma diferenciada esses dados e selecionar um conjunto de informações. Além dos dados da Pintec, o IBI vai selecionar informações da PIA e do INPI. O ano de referência para o primeiro IBI será 2003.

Para as empresas, a existência de um índice como o pretendido pelos pesquisadores da Unicamp poderá ser um importante instrumento de marketing, ao se posicionarem num ranking nacional de inovação. A partir do IBI, as empresas poderão também estabelecer parâmetros de comparação para as suas próprias atividades, checando como anda o setor e a concorrência nesse âmbito. Furtado ressalta ainda a vantagem de integrar um ranking com esse perfil a um custo praticamente nulo, uma vez que se vai trabalhar com informações já coletadas, podendo aferir o seu valor frente à performance de inovação das demais empresas. Espera-se que esse perfilamento seja um fator de motivação às empresas para integrarem processos inovativos.

Segundo o editor chefe da Inovação Uniemp, Carlos Vogt, a criação de um índice com esse perfil, por intermédio da revista de um instituto como o Uniemp, que tem 14 anos de experiência no estabelecimento de relações entre as atividades empresariais e a pesquisa acadêmica, será um termômetro importante para avaliar o sistema inovativo tão fundamental ao desenvolvimento do país.

 

ESFORÇO VERSUS RESULTADO

O IBI deve ser estabelecido em duas dimensões principais: medir o esforço das empresas em confronto com os resultados obtidos. Para isso, deverá contar com dois indicadores: IAE (índice agregado de esforço) e IAR (índice agregado de resultados).

O que será levado em conta para o princípio desse balanceamento é o equilíbrio entre insumos e resultados e o índice deve poder captar esses dois parâmetros. Deve, também, ser normalizado por: 1. tamanho (divisão pela receita e número de empregados); 2. separado por setor industrial; 3. ter pesos diferenciados dos componentes, variando de acordo com a importância do item em relação à inovação. O objetivo, acrescenta Furtado, é trazer cada um dos indicadores para uma base comum (Leia mais sobre o IBI na página 26).

 

ADESÃO AO IBI

A reação dos participantes do work-shop — em sua maioria ligados diretamente à área de pesquisa e desenvolvimento das empresas — à criação do IBI foi de aceitação e interesse em aderir ao projeto. Algumas das sugestões apresentadas foram a da utilização de novos índices, a ampliação da pesquisa para os setores comercial e de serviços e, ainda, a redução do tempo de coleta para um ano, diferente do que ocorre com a Pintec, que é trienal.

 

 

Quanto à avaliação dos índices propostos, a discussão ficou bastante focada no nível de agregação setorial e o nível de variabilidade dos pesos entre cada um dos setores.

Como coordenador de P&D da Petroflex Indústria e Comércio, Paulo Luiz Coutinho afirmou sua intenção em aderir ao índice. Ele tem interesse em definir metas para a P&D da empresa, mas encontra dificuldade em acessar referências comparativas. Maior produtora de borracha sintética da América Latina e considerada a primeira empresa do setor, a Petroflex tem um faturamento anual próximo a US$ 600 milhões, dos quais 0,6% investe em P&D, mantendo parcerias com universidades e centros de pesquisas. Coutinho acredita que no setor da indústria química e petroquímica, onde se insere a empresa, não haveria problemas em disponibilizar tais dados, "desde que sem custos adicionais", que é o caso, pois as informações já estão acessíveis no questionário realizado pelo IBGE.

 

 

Martin Schwark, presidente do grupo Moura Schwark, considerou difícil responder pelo setor que representa — peças estruturais e montagens na indústria da construção civil — pois considera o setor atrasado em relação a inovações, e pulverizado. Falando pelas empresas do grupo que dirige, no entanto, manifestou o firme interesse na adesão ao IBI. Estendendo um pouco mais a análise, Schwark intui que "o setor deve demorar a aderir a este tipo de iniciativa, mas acredito que é possível criar uma massa crítica entre os grandes, pelo menos, para haver uma inclusão gradual ao IBI", afirmou.

A gerente de processo de tecnologia da Natura, Luciana Villa Nova Silva, considera importante levar a discussão do índice para o interior da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), de forma a ampliar o espectro para associados das empresas do setor. No caso da Natura, empresa que representa, Luciana ressalta que, como é uma companhia de capital aberto, é necessário ter o consentimento da direção para a adesão a esse tipo de iniciativa. Mas acredita que, com a cláusula de sigilo, não haverá qualquer tipo de impedimento em participar. Destacou, ainda, que a empresa trabalha com indicadores específicos da área de cosméticos, com um sistema próprio de avaliação, adotado há pelo menos cinco anos. Luciana acrescentou que a Natura sempre tendeu a buscar tecnologia em parceria com as universidades, um dos itens a ser contemplado na pesquisa.

A idéia do índice foi bem recebida também pela empresa Ouro Fino Saúde Animal, instalada na região paulista de Ribeirão Preto. Fábio Lopes Júnior, diretor administrativo da empresa, manifestou total interesse, mesmo que fosse preciso responder a outro tipo de questionário. Sua preocupação, porém, é quanto ao tempo entre a criação, apuração dos dados e divulgação dos indicadores. Essa demora em mostrar os resultados ele considera desfavorável, pois seu setor é muito dinâmico, com mudanças em espaço de tempo mais curtas que os três anos em que funcionam a Pintec, por exemplo. Alertou, ainda, para a necessidade de aferição das informações fornecidas pelas empresas, sugerindo um sistema de checagem com auditorias para se ter cautela em relação aos números oferecidos pelas empresas.

 

 

Francisco Ormenese, da Sadia, considerou oportuna a criação do IBI, que condiz com o momento nacional e com os projetos do grupo que representa, em específico, o projeto de excelência em inovação. Sugeriu, ainda, a agregação de novas informações ao índice, como a percepção pública pelos consumidores, que considera uma incógnita no setor de alimentos. Por acreditar que a gestão de informação é um fator bastante difícil para as empresas, concordou com o diretor da Ouro Fino quanto à necessidade de uma atualização em menor espaço de tempo do que o proposto.

Na mesma linha, José Renato Cagnon, gerente da área de tecnologia química da Natura, reforçou que três anos de intervalo entre a coleta de informações e a divulgação dos IBI é muita coisa. "Na Natura, muitas vezes este é o tempo de vida de um produto", afirmou. Sua colega Luciana acrescentou que a Natura aplica sistematicamente um percentual da receita líquida em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, e que, entre os fatores fundamentais considerados neste processo inovativo, estão o impacto ambiental, sustentabilidade e índice ACV (Avaliação de Ciclo de Vida) em relação a embalagens. "Estes são itens de pesquisa interna de indicadores de impacto em inovação que a Natura dispõe", diz ela. Com base nesses indicadores é que podemos considerar se somos efetivamente inovadores. Temos um olhar sobre o consumidor no Brasil e no exterior e buscamos classificar o que é incremental e o que é inovador, conclui.

Sérgio Queiroz, da equipe do IBI, explicou que na composição do índice estão propostos mecanismos que tornarão possível separar a condição de medir o impacto da inovação tanto para a empresa, como sugere Luciana, como para o mercado nacional e internacional.

 

OUTRAS CONTRIBUIÇÕES

Tadeu Andrade, diretor superintendente do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) — responsável por 115 usinas que respondem por metade da cana-de-açúcar produzida no país —, considera que se está em construção um novo índice, o desafio é se posicionar à frente. O que seria, em sua opinião, considerar a agroindústria como indústria que deve compor esse indicador, além dos centros de pesquisa.

Ele ressaltou que seu centro tecnológico situado em Piracicaba (SP) atende ao universo sucro-alcooleiro e já dispõe de estudos de absorção de novas tecnologias e retorno econômico da inovação obtida. Andrade exemplificou que, em alguns casos, para cada R$ 1 investido em inovação, se tem um retorno de R$ 250, mas que a média do setor é de R$ 1 para R$100 de retorno. Em sua opinião, a proposta de criação do IBI se encaixa perfeitamente também ao setor de açúcar e álcool, embora esta não seja uma área prioritária na primeira fase do projeto. E considera importante o intercâmbio do CTC para a criação do IBI. "Não vejo por que não disponibilizar os dados!". A única diferença no setor que representa, ressalta, é que funciona dentro do ano-safra, que vai de abril a novembro, que é o período em que é possível medir o impacto de novas tecnologias implantadas como, por exemplo, ligada à limpeza da cana.

 

 

Antonio Luis Aulicino, pesquisador do Programa de Gestão Estratégica Sócioambiental (Progesa) da Fundação Instituto de Administração (FIA), da USP, assinalou a importância do work-shop, por proporcionar troca de opiniões e lembrou que as empresas de capital aberto têm maior visibilidade, dispõem de muitos indicadores internos, e já fazem mais do que o IBI está pedindo. Por essas razões acredita que seria recomendável abrir um pouco mais o espectro do índice.

Mas Jayme Marques Filho, da Caloi, contrapôs-se à idéia de abrir o leque de pesquisa logo no início, sob o risco de inviabilizá-lo. Ele defende iniciar o IBI com a base da Pintec, como proposto pela equipe de pesquisadores, por ser um índice confiável, e ser uma conduta mais operacional. Mário Pini, da Editora Pini, que trabalha há décadas com indicadores do setor da construção civil, manifestou sua disposição em contribuir na adesão da construção desse novo índice, que poderá repercutir em suas publicações, para engrossar o debate e ajudar nos ajustes que, por sua experiência na área, antecipa que certamente ocorrerão. O Índice Pini da Construção Civil — indicador consolidado e respeitado pelo setor — começou em 1959, e segundo o dirigente mudou a base de cálculo uma série de vezes, acompanhando a necessidade e as transformações do mercado que ele mede.

Olívio Ávila, diretor executivo da Associação Nacional de Pesquisa, Desenvolvimento e Engenharia das Empresas Inovadoras (Anpei), lembrou ao grupo que há cerca de 15 anos, a associação realiza um estudo específico em P&D para o Ministério da Ciência e Tecnologia. Nos dois anos de intervalo da pesquisa do IBGE, faz um levantamento detalhado nas empresas, diferente do levantamento da Pintec que é uma amostragem estatística. Em fevereiro próximo, a associação vai divulgar o resultado consolidado das empresas que fazem P&D.

Aulicino, da USP, reforçou a preocupação já manifestada por outros empresários, quanto à defasagem entre a coleta de informações e sua divulgação. "O ideal é um ano, pois a dinâmica de inovação em empresas com esse caráter é muito ágil".

Ele defendeu, também, uma gestão mais participativa na produção do índice, que incluísse empresas, tanto na concepção como na elaboração. "O setor empresarial tem contribuições para incluir nos índices, que devem ser levadas em conta". A crítica que Aulicino faz aos índices existentes, é a ausência de questões que meçam sustentabilidade, os impactos sociais e ambientais, além dos econômicos. "No século XXI, a grande questão que se impõe é a sustentabilidade", acrescenta.

Martin Schwarck, ostentando dados de crescimento de 104% de seu grupo, de 2003 para 2004, defende outros agregadores nessa rede de dados a serem colhidos, que capturem o que chama de "intangível", e não se atenha à estratégia de "conforto do Pintec versus a independência do IBGE" para conferir isenção e agilidade ao índice. No entanto, Paulo Coutinho, da Petroflex — empresa que exporta 40% do que produz — pondera que na inovação tecnológica industrial, as questões intangíveis não são as mais importantes, posição reforçada por Olívio Ávila, da Anpei, para quem "fechar o leque, ao invés de abri-lo demais, é uma forma de conseguir capturar mais prontamente o universo da inovação tecnológica".

 

 

Solange Mello Gonzaga, da Petrobras, acrescentou ao debate a sugestão de fazer simulações para criar a soma ou divisão dos números a serem apurados e medidos. Defendeu, também, a auditoria desses números fornecidos, para dar maior segurança no seu uso e credibilidade na divulgação, conforme sugerido anteriormente por Fábio Lopes Júnior. O foco de inovação deve estar nos produtos e nos processos e uma variante que poderia ser introduzida poderia ser a maturidade dos projetos, diz Solange.

 

CONCLUSÕES

Ruy Quadros, que integra com Furtado e Queiroz o corpo de pesquisadores sênior na equipe do IBI, considerou que o debate sobre a criação do IBI avançou após esse encontro. "Houve uma adesão incondicional entre os presentes, frente às disposições de sigilo e custo, e avançou-se no que se refere à substância no índice: pontuou-se tudo o que ele não informa, não ordena e que seria importante um novo índice contemplar". Acredita que o debate trouxe uma evolução nessa direção. Os primeiros pontos sugeridos no encontro a serem incorporados na discussão e no recorte do IBI são as questões de impacto social e ambiental e sustentabilidade.

A idéia de simulação nos setores agradou a equipe responsável pelo índice, assim como a auditagem passou a ser considerada igualmente fundamental, e a forma de garantir a verificação de veracidade das informações será analisada. Igualmente importante, acrescenta Quadros, é que o índice vai incluir a inovação de processo, além da de produto. O pesquisador destacou, ainda que o ideal para uma política tecnológica é que além dos esforços das indústrias nacionais, haja um incentivo para que as multinacionais também invistam mais em P&D no país.

O debate consolidou-se como um importante instrumento para ampliar o grupo de reflexão do índice e ajustes necessários ao projeto. Será possível discutir a periodicidade mais curta, ansiada pela maioria dos participantes. Mas se estabeleceu o consenso da importância de seu lançamento efetivo e rápido. A partir de sua criação em bases seguras, a intenção é dinamizar o processo, dizem seus planejadores. É fundamental, ainda, estabelecer um cronograma de ação e monitorar o andamento dos trabalhos. Nesse primeiro encontro de trabalho com parceiros empresariais, a busca da equipe de pesquisadores ligados à revista foi em responder a grande questão Inovar para quê?, que permeia e inquieta não apenas as pautas desta publicação e os projetos acadêmicos, como igualmente as reuniões dos executivos presentes. "A expectativa é que o Índice Brasil de Inovação contribua e facilite encontrar o caminho para essa resposta. O IBI se constitui na síntese da necessidade de visibilidade institucional que se impõe no país e sua atitude positiva e crítica deve ser mantida", finaliza Vogt.

 

Colaborou Gabriela Di Giulio.