Para o Brasil, os temas ligados às questões agrícolas têm delicadezas sociais que acompanham a história do país desde as suas origens e que, mais recentemente, têm se manifestado pela sensibilidade maior dos movimentos nacionais pela reforma agrária.

Têm também um papel estratégico para a economia, para o próprio desenvolvimento social e, sem dúvida, para o equilíbrio ambiental das diferentes regiões por onde se distribui a malha produtiva dos agronegócios no país.

Como parte integrante dessa rede de tensão social e de sucesso econômico destaca-se a capacidade crescente de geração de riqueza e de inovação tecnológica do nosso setor agro-industrial voltado para a pesquisa e a produção bioenergética, como alternativa de fontes renováveis para o uso de combustíveis fósseis.

O etanol produzido a partir da cana-de-açúcar é hoje uma realidade inovativa, estratégica, econômica, ecológica e social plantada no solo de várias regiões do país. As pesquisas com o biodisel e o seu uso industrial e comercial, que vai sendo aos poucos incrementado, abre também perspectivas bioenergéticas importantes.

Ao tema da bioenergia, em especial o álcool etanol da cana-de-açúcar e o seu papel na economia e na sociedade brasileira, é que vem dedicada a reportagem de capa deste número da Inovação Uniemp.

Nele, o leitor encontrará também a seqüência dos trabalhos voltados à elaboração do Índice Brasil de Inovação (IBI), uma entrevista sobre o futuro das instituições públicas de pesquisa feita com Luís Fernando Ceribelli Madi, coordenador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) e presidente da Associação Brasileira das Instituições de Pesquisas Tecnológicas (Abipti), um artigo sobre a regulamentação do uso da biodiversidade e do acesso a recursos genéticos do país, além de outras reportagens, notas, notícias e informações em torno do tema: da tecnologia e da inovação sincronizado, como sempre na revista, com o mote do conhecimento e da cidadania.

Carlos Vogt - Editor chefe