Segurança alimentar pode ser considerada como uma categoria do conhecimento aplicado à qualidade de vida, no mundo contemporâneo. É, nesse sentido, uma categoria do conhecimento prático, uma estratégia de preservação e de bem-estar, individual e social.

Responder a questões do tipo De onde vêm os alimentos que consumimos? Como são produzidos? e Quem os produz? tornou-se requisito obrigatório nos manuais de direitos do consumidor, o que explica os diferentes selos, de qualidade, de conformidade, da origem ou procedência, com que passamos a conviver na escolha dos produtos do setor.

Além das relações de consumo, propriamente ditas, o conceito de segurança alimentar envolve também, e de maneira fundamental, principalmente para países em desenvolvimento, como o Brasil, urgências sociais, cujo atendimento pelas políticas públicas, governamentais e/ou civis, constitui um imperativo categórico do comportamento cidadão dos países, de suas instituições, da sociedade e dos indivíduos que neles vivem.

No Brasil, a indústria de alimentos, responsável por cerca de 15% do faturamento de todo setor industrial, correspondendo a um movimento financeiro da ordem de R$184 bilhões por ano, inova, tem programas de segurança alimentar, de responsabilidade ética e social, de sustentabilidade ambiental, de pesquisa e desenvolvimento, mas está ainda longe de fazer tudo isso com distribuição equilibrada e em níveis de produção compatíveis com nossas necessidades econômicas e os desejos básicos de consumo de nossa população.

Pode fazer mais. Tem competência científica, técnica e empresarial para enfrentar com sucesso esse desafio.

A reportagem de capa deste número da Inovação Uniemp está dedicada à indústria de alimentos no Brasil e a revista segue apresentando artigos, notícias e informações sobre outros desafios tecnológicos do país, trazendo ainda um desenho mais acabado e completo do Índice Brasil de Inovação (IBI), praticamente pronto para ser aplicado às empresas.

Carlos Vogt - Editor Chefe