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Inovação Uniemp

versão impressa ISSN 1808-2394

Inovação Uniemp v.2 n.5 Campinas nov./dez. 2006

 

 

 

POLITEC MIRA A ÍNDIA COMO MODELO DE EXPORTAÇÃO

A Politec, empresa brasileira de desenvolvimento de software, criada há 35 anos e com forte expansão no exterior, não se limitou a entrar na China para expandir sua atuação internacional. Ela pretende pôr os pés na Índia, que lidera o mercado mundial de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) com receita de exportação de serviços de quase US$ 25 bilhões anuais no ano fiscal terminado em março de 2006, ante menos de US$ 10 bilhões do Brasil. Apenas nos setores de call center e business process outsourcing (BPO), o faturamento foi de US$ 6,2 bilhões, um aumento de 37% em relação ao ano anterior. No Brasil, a meta do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior nesse segmento é atingir US$ 2 bilhões em exportação até 2007, meta ambiciosa frente aos estimados US$ 200 milhões obtidos em 2005 e US$ 380 milhões estimados para este ano. Para fazer frente a esse desafio, a empresa estipulou, como tarefa interna, o Programa Hércules. "São doze trabalhos, por isso o nome do programa", diz Hiraclis Nicolaidis Jr., diretor de tecnologia da Politec. A empresa financia, com bolsas de estudos, seus profissionais e firmou parceria com a Universidade Católica de Brasília (UCB). As linhas de pesquisa são na área de engenharia de software, com destaque para gerenciamento de risco, métrica, migração de plataformas. "Tudo o que diz respeito a problemas e dificuldades enfrentadas no dia-a-dia". Além de parcerias informais com a Universidade de São Paulo (USP), a Politec tem fortes laços com a Faculdade de Tecnologia de Taquaritinga (Fatec), de onde provem boa parte dos 80 funcionários da Fábrica de Software instalada na cidade do interior paulista e que tem como meta desenvolver programas com o mesmo custo que a Índia. A Politec já investiu R$ 2,1 milhões em bolsas de estudo e tem hoje um total de 197 profissionais com títulos de pós-graduação, dentre seus tem 6 mil funcionários. Com 13 fábricas de software no país, a empresa faturou R$ 478 milhões em 2005, dos quais US$ 2,5 milhões (cerca de R$ 6 milhões) com exportações.