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Inovação Uniemp
versão impressa ISSN 1808-2394
Inovação Uniemp v.3 n.2 Campinas mar./abr. 2007
MARATONA PARA INCENTIVAR DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL
Menos de 19% das empresas brasileiras utilizam algum apoio governamental para realizar seus projetos de inovação, enquanto 90% dos gastos em pesquisa e desenvolvimento são financiados com recursos próprios. De posse desses dados, a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) iniciou, no ano passado, uma maratona pelo país para divulgar as 180 linhas de recursos oferecidas pelo governo federal. O evento Estratégias Regionais de Inovação e Política Industrial percorreu, em 2006, 13 capitais e quatro cidades do interior do Paraná. Em 2007, o objetivo é chegar às demais capitais e a pólos industriais importantes em todo o Brasil. Além de informação, o encontro fornece cursos de capacitação de agentes de política industrial, em parceria com a Cepal - Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) e sob a coordenação de Gilberto Lima, da Rede Nacional de Agentes em Política Industrial (Renapi). "O grande paradoxo é que sobra dinheiro nas estâncias públicas, tanto nos ministérios quanto nos órgãos de fomento que dispõem de recursos para o desenvolvimento industrial". Segundo ele, é preciso resgatar 30 anos em que a cultura da inovação ficou esquecida pela falta de uma política industrial consistente. O Brasil tem hoje apenas cinco mil empresas investindo em inovação tecnológica. Destas, 1,2 mil possuem equipes permanentes de pesquisa e colocam regularmente produtos, processos e serviços novos no mercado. Os cursos presenciais sobre como desenvolver um projeto e captar recursos serão apoiados, a partir deste ano, por uma plataforma tecnológica, que já conta com um portal da inovação no site www.abdi.com.br Nele, o empresário pode averiguar um banco de dados composto por dados de currículos e instituições das áreas de ciência e tecnologia, conhecido como a Plataforma Lattes. "E verificar, entre 800 mil currículos de doutores e mestres, quem já produz pesquisa em sua área de atuação. O que vai ajudar a reduzir o fosso que separa o mundo acadêmico da indústria", afirma Lima.