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Inovação Uniemp

versão impressa ISSN 1808-2394

Inovação Uniemp v.3 n.5 Campinas set./out. 2007

 

 

Programa visa a facilitar fluxo de recursos à inovação para as empresas

 

 

por MÁRCIA TAIT

 

 

UNIEMP QUER CRIAR PONTE DE INFORMAÇÕES SOBRE DIFERENTES TIPOS DE FINANCIAMENTO DISPONÍVEIS

Projeto criado dentro do Instituto Uniemp pretende amenizar o descompasso existente entre as ações governamentais de promoção da inovação no país e a efetiva adoção de tais medidas por parte das empresas. A tímida participação das empresas no processo de inovação, que tem sido uma das linhas mestras de ação dentro do Ministério da Ciência e Tecnologia nos últimos anos, comprometem o sucesso de medidas de incentivos fiscais, como aquelas conseguida por meio leis como a de Inovação e Informática, e mesmo as novas linhas de financiamento à inovação empresarial, via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Financia-dora de Estudos e Projetos (Finep).

Para reverter esse cenário, que tem muito de falta de informação das empresas sobre os instrumentos disponíveis, o Instituto Uniemp lançou em junho passado o Programa Proinovar. Através de contratos estabelecidos entre os consultores do Uniemp e as empresas, o Proinovar pretende construir uma ponte de esclarecimento e sugestões, informando os tipos de financiamentos e incentivos a inovação mais viáveis para as empresas participantes, além de ajudar na elaboração dos projetos de P&D e na capacitação tecnológica das empresas para gerir esses projetos.

Para Márcio de Andrade Netto, diretor de projetos do Uniemp, a universidade está habituada a usar instrumentos de financiamento a P&D e a elaborar projetos; a maioria das empresas brasileiras, não. "Há um enorme desconhecimento sobre os mecanismos de inovação, a gerência de P&D e os incentivos disponíveis. As empresas evitam fazer qualquer atividade diferente e precisam ser estimuladas", considera.

Uma pesquisa feita pelo Departamen-to de Competitividade e Tecnologia (Decomtec) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), divulgada em agosto, confirma o desconhecimento apontado por Andrade Netto: apenas 14% das 230 empresas paulistas consultadas declararam conhecer os instrumentos existentes.

 

PRIMEIROS PASSOS

As primeiras ações do Proinovar pretendem sensibilizar as empresas sobre a importância da inovação e também informá-las sobre as possibilidades de financiamento disponíveis por meio de palestras, workshops e seminários. Quando a empresa adere ao programa, os próximos passos são a criação de um grupo dentro da empresa com pesquisadores de universidade e institutos, a definição do projeto de P&D e a busca dos financiamentos e incentivos mais adequados. "Ainda atuamos na apresentação dos projetos às agências financiadoras e na gestão posterior do projeto aprovado, sem nenhum ônus para as empresas participantes, apenas quando o projeto é aprovado existe uma contrapartida financeira para a equipe do Uniemp", explicou Andrade Netto.

Um outro mecanismo de incentivo oferecido pelo Proinovar é a utilização do fundo de bolsas do Uniemp. Esse fundo, criado em 2003, oferece atualmente cerca de 70 bolsas para dezenas de pesquisadores que atuam em empresas e instituições privadas nas áreas de agricultura, biotecnologia, energia elétrica, química, farmacêutica, aeronáutica e saúde. Entre as empresas que utilizam esse fundo estão Embraer, Votorantin, CETEL, Instituto Ludwig e Hospital Albert Einstein.

A primeira a assinar o contrato do Programa Proinovar foi a Braskem, uma empresa petroquímica brasileira que é líder do mercado latino-americano de resinas termoplásticas. A Braskem já possui um Centro de Tecnologia e Inovação, mas busca ampliar sua atuação em P&D aderindo ao Proinovar. "O que pretendemos é deixar nas empresas participantes uma coisa mais duradoura", conclui Andrade Netto.