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Inovação Uniemp
versão impressa ISSN 1808-2394
Inovação Uniemp v.3 n.6 Campinas dez. 2007
BIOPOLÍMERO: ESCALA INDUSTRIAL EM 2010
O longo processo para obter licenças ambientais e estruturar uma estratégia comercial adequada forçou a Pedra Agroindustrial, antiga PHB S.A., a adiar para 2010 o início da produção industrial do Biocycle, plástico biodegradável desenvolvido a partir do açúcar, afirma Sylvio Ortega Filho, diretor-executivo da empresa, cujo controle é dividido entre o Grupo Balbo e a família Biagi, tradicionais empresários do setor sucro-alcooleiro. A partir dessa data, a indústria instalada em Serrana, no interior paulista, passa a produzir 30 mil toneladas de polímeros para atender um crescente mercado consumidor de produtos definidos como sustentáveis, por terem origem vegetal e não agredirem o meio ambiente como os polímeros fósseis, produzidos a partir do petróleo. Foram definidos três grandes segmentos de atuação: embalagens plásticas, indústria automobilística e mercado de construção civil. As aplicações são variadas: os biopolímeros podem ser usados na fabricação de cartões de crédito, embalagens de frutas e revestimentos para automóveis e computadores. Apesar da demanda ainda incipiente, a empresa registrou 17 patentes no Brasil e no exterior para se proteger do crescimento da concorrência, provocado pelo interesse por parte do consumidor em produtos ecologicamente corretos. A patente foi depositada até na temida China, onde já existe produção de plásticos biodegradáveis, mas à base de milho. "Isso nos dá, em princípio, uma vantagem porque o açúcar como fonte de matéria-prima é mais competitivo do que o milho", enfatiza Ortega. Uma planta-piloto com capacidade de 60 toneladas por ano está em operação para o desenvolvimento de produtos e aplicações através de parcerias com a iniciativa privada e o meio acadêmico. A empresa tem, inclusive, equipamentos e equipe dentro da Universidade Federal de São Carlos, além de parceria de pesquisa com universidades européias como a de Ulm, na Alemanha.