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Conhecimento & Inovação

Print version ISSN 1984-4395

Conhecimento & Inovação vol.5 no.3 Campinas July/Sept. 2009

 

PÍLULAS

 

 

Hélio Paschoal Filho

 

 

PETROBRAS E UNICAMP INAUGURAM LABORATÓRIO

A Petrobras e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) inauguraram as novas instalações do Laboratório de Petroleômica. Foram investidos cerca de R$ 6 milhões da empresa como parte da estratégia de investimentos da estatal em universidades e institutos de pesquisa brasileiros com coordenação do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes). O Laboratório de Petroleômica fará a investigação detalhada de novos indicadores moleculares do petróleo e seus derivados. Essa identificação, feita de forma rápida e precisa, abrange dezenas de milhares de compostos químicos que formam os diversos tipos de petróleo, e é fundamental para aumentar a especificidade do diagnóstico da origem do óleo e da idade das rochas geradoras, entre outras características, dados importantes para reduzir o risco exploratório na perfuração de poços.

O laboratório da Unicamp faz parte da Rede Temática de Geoquímica, que prevê a inauguração de outros cinco até o final do ano: o de Isótopos Estáveis (Uerj e Ufba), o de Caracterização Geoquímica de Rochas Potenciais Geradoras de Petróleo e Gás (Cetem), o de Isótopos de Enxofre (UnB) e o de Geoquímica Orgânica (Uenf).

 

 

PEQUENA EMPRESA GANHA CRÉDITO PARA INOVAR

O Cartão BNDES, instrumento criado pelo banco de fomento para financiar micro, pequenas e médias empresas em 2003, poderá ser usado agora também em investimentos em inovação. Com essa iniciativa, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) espera que as micro, pequenas e médias empresas utilizem o produto para financiar a contratação de serviços de pesquisa e desenvolvimento fornecidos por uma das 20 Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs) credenciadas pelo órgão.

Entre os itens financiáveis estão a aquisição de transferência de tecnologia, de serviços técnicos especializados em eficiência energética e impacto ambiental, design, prototipagem, resposta técnica de alta complexidade, avaliação da qualidade de produto e processo de software, podendo as empresas optar pelas linhas de financiamento específicas oferecidas pelo banco, que tiveram suas taxas de juros reduzidas.

Também no intuito de incentivar a inovação a linha Capital Inovador teve as taxas de juros reduzidas de 9,25% ao ano para 4,5% ao ano. Ela deve apoiar as empresas no desenvolvimento de capacidade para gerar atividades de inovação, incluindo a formação de centros de pesquisa e desenvolvimento.

 

AÇÕES PAULISTAS

A Secretaria de Desenvolvimento do Estado de São Paulo também tem um programa específico para financiamento de projetos de inovação. A linha, de R$ 10 milhões, é voltada a empresas de micro e pequeno porte que atuem nos segmentos industrial ou agrícola nas áreas de desenvolvimento de produtos e/ou processos. A taxa de juros é de 6% ao ano, com prazo de carência de até 24 meses e de amortização de até 36 meses.

 

CAMINHO LONGO NA ÁREA DE INOVAÇÃO

O Instituto de Política Econômica Aplicada (Ipea) divulgou uma nota técnica avaliando as políticas de inovação e pesquisa e desenvolvimento (P&D) no Brasil. A nota, no entanto, não é muito animadora: segundo ela, as atividades de P&D nacionais têm uma agenda defasada, pouco estruturada e que já está fora de foco da disputa tecnológica.

Mas nem todas as considerações são negativas. De acordo com o Ipea, houve avanços nos últimos anos - como o aumento dos gastos com P&D induzidos pelos programas de incentivos fiscais. De modo geral, segundo a nota ténica, os progressos na política brasileira de inovação tecnológica nas empresas ocorreram especialmente a partir de 2003, com o incremento dos recursos destinados ao sistema de ciência e tecnologia (C&T) e a efetivação de novos instrumentos legais, como a Lei de Inovação. Mas ainda há muito a ser feito.

 

EQUIPAMENTOS DA MOTOROLA PARA MISSÃO CRÍTICA

Durante a 1ª Conferência Internacional MOB Design, em São Paulo, a Motorola apresentou seus equipamentos voltados para as chamadas áreas de missão crítica, como ocorrências de incêndios e perseguições policiais. A empresa possui um setor exclusivamente voltado para o segmento, a Divisão de Soluções de Mobilidade para Governo e Empresas, cujo presidente da área de design e integração, Bruce Claxton, veio ao Brasil para falar sobre o desenvolvimento desses equipamentos. "Os profissionais de segurança pública, como policiais, bombeiros e de resgate, precisam ter em mãos no seu dia a dia, aparelhos que possam ser acionados de forma intuitiva. A ideia é que esses equipamentos os ajudem em suas decisões imediatas, quando mal há tempo de pensar nas ações tomadas, muito menos no funcionamento do produto", disse Claxton.

 

 

Não se trata de uma tarefa fácil. Para criar os aparelhos, é preciso que os designers façam uma imersão nas próprias situações críticas, para conhecer exatamente as necessidades dos usuários nos mais diversos aspectos, do psicológico ao comportamental e de ergonomia. O resultado é que os aparelhos priorizam a facilidade de manuseio e de compreensão de seus recursos.

No Brasil, a Motorola é um dos principais fornecedores da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. Para as polícias militar, civil e técnico-científica, a empresa entregou sistemas de rádio digital, criptografia de voz e despacho de voz e dados, além de expansão de PABX e backbone de microondas, equipamentos que beneficiaram de forma direta o trabalho de inteligência da polícia, com a migração de todas as atividades de missão crítica da capital e da região metropolitana do sistema de comunicação analógica para a digital.

 

INOVAÇÃO AOS SEUS PÉS

 

 

A Vulcabrás/Azaléia, preocupada com a invasão dos calçados chineses no mercado brasileiro, criou um programa que vai investir R$ 10 milhões em pesquisa, softwares e equipamentos na área de inovação tecnológica. A empresa, maior calçadista do Brasil e maior produtora de calçados e artigos esportivos da América Latina, já desenvolveu novidades como a tecnologia de alta performance Tube Tech, que gerou uma linha de tênis própria para corrida.

O primeiro modelo dessa família é o Olympikus Tera One, um tênis aprovado pelo IBTeC (Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefatos), e ganhou o selo de Inovação Tecnológica. "Os investimentos em P&D mostram que podemos lançar um produto com características iguais às marcas internacionais a um custo-benefício excelente", diz o diretor de Marketing Pedro Bartelle.

A empresa também investe na pesquisa de produtos femininos. A última aposta é a tecnologia de injeção de E.V.A. (Espuma Vinílica Acetinada) nas plataformas dos calçados, que oferecem leveza e amortecimento. Para utilizar esse composto, a empresa realiza investimentos em tecnologia nas fábricas (maquinário) e no setor de desenvolvimento de produtos. "Um calçado produzido de E.V.A é muito mais confortável. E como o conforto está cada vez mais em evidência, é natural que estejamos investindo em pesquisas neste sentido", diz Bartelle.